Hoje, a Inteligência Artificial funciona como um auxiliar quase inseparável do desenvolvedor.
No começo, ela era apenas um substituto mais rápido para o StackOverflow ou para aquela pesquisa no Google. Um atalho para dúvidas comuns, snippets de código e soluções já mastigadas.
Mas, pouco a pouco, a IA começou a escrever trechos de código inteiros, sugerir arquiteturas e até se aventurar em criar testes unitários. E aqui mora a parte divertida: ver a IA tentar criar testes é quase uma comédia.
Quebra o código dezenas de vezes, remove arquivos, recria outros, inventa artimanhas para “recomeçar do zero” e tenta corrigir os 150 erros que ela mesma gerou no processo. É quase como assistir um estagiário hiperativo que não se cansa de errar e recomeçar.
Hoje, nós não somos apenas desenvolvedores. Somos tutores de IA. Passamos horas escrevendo prompts, ajustando instruções e lidando com a eterna dinâmica de tentativa e erro. Às vezes funciona, às vezes não. Mas o ponto é que estamos moldando essas ferramentas, ainda que elas insistam em não nos entender de primeira.
A diferença é que quem já tem experiência sabe olhar para o código gerado e identificar rapidamente o que é lixo, o que é perigoso e o que pode ser aproveitado. O problema é para quem está começando.
Para eles, a IA já é convincente o bastante: cospe soluções bonitas, com cara de código profissional, mas recheadas de falhas de segurança e péssimas práticas.
Estamos entrando na era do software bonito, mas frágil. Sistemas que parecem sólidos por fora, com interfaces elegantes e código aparentemente bem estruturado, mas que escondem riscos enormes por dentro. Essa fragilidade, paradoxalmente, abre um leque de oportunidades. De um lado, cria terreno fértil para profissionais especializados em segurança, auditoria e qualidade de software, que terão cada vez mais espaço e relevância para expor vulnerabilidades e corrigi-las. De outro, alimenta um ecossistema de novas ferramentas e empresas voltadas para blindar aplicações geradas com auxílio de IA, oferecendo camadas de análise estática, testes automáticos e validações contínuas.
Muito se fala que a IA vai tirar empregos de desenvolvedores, mas a verdade é que esse cenário pode gerar ainda mais demanda por profissionais de TI experientes e especialistas em segurança da informação. Quanto mais software inseguro for colocado no mercado, maior será a necessidade de quem sabe identificar, corrigir e prevenir falhas críticas. Em vez de substituir, a IA pode acabar sendo a principal responsável por criar uma nova onda de empregos altamente especializados, onde experiência, senso crítico e conhecimento real se tornam diferenciais inegociáveis.
No futuro, esse cenário vai mudar muito. A IA vai deixar de ser apenas “o ajudante confuso” e vai evoluir para algo mais autônomo, mais crítico e (espero) mais responsável. O caminho até lá, no entanto, vai ser cheio de armadilhas.
*texto criado com AI (e é claro que você já tinha notado)
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